O termo VUCA, muito conhecido pelo meio corporativo, inclusive pelos RHs já foi pauta de muitas discussões. Mas como temos vivido transformações exponenciais nas organizações que demonstram a falta de previsibilidade e a velocidade das mudanças das coisas, agora percebemos um novo comportamento dos gestores dentro das organizações.
VUCA é uma sigla em inglês, formada pela primeira letra das palavras: volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade).
Este termo criado no final dos anos 80, mais especificamente utilizado nas escolas de guerra americanas, objetivava retratar o “mundo novo” que se mostrava no final da Guerra Fria e com a queda do muro de Berlim.
Quando o conceito do mundo VUCA surgiu, nem de longe tínhamos a tecnologia de hoje, o acesso a informação e qualquer artigo futurista digital. Vivemos em uma nova era.
Mas como tudo no mundo sofre transformações e adaptações ao longo do tempo, o cenário corporativo nacional e internacional requer adequação a todas as revoluções que o mundo passa.
BANI: a gestão do momento atual
Já ouvimos em diversos congressos de discussões internacionais que o termo BANI reflete muito mais o ser humano e a forma como se sente diante de um mundo caótico.
BANI: brittle (frágil), anxious (ansioso), non-linear (não-linear) e incomprehensible (incompreensível). Quando analisamos cada termo, percebemos que todos se encaixam bem no nosso momento atual.
Frágil: o que vivemos hoje em dia deixa mais que óbvio que esse termo total relação. O mundo inteiro está vulnerável.
Qualquer catástrofe, seja ela de ordem natural, econômica, civil ou até mesmo pandêmica - como assistimos em 2020 - e ainda vivenciamos neste ano.
Com esse cenário, chegamos à conclusão que todas as empresas estão construídas sobre uma base sensível, que pode desmoronar de uma hora para outra.
Ansioso: é outro elemento que faz todo sentido nesse momento. Todo esse medo constante ocasionado pela fragilidade do mundo gera ansiedade.
De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas nesta quinta-feira, 23, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade.
Não-linear: no mundo BANI, projetos de longo prazo já não fazem mais sentido, já que podem se interrompidos pelas mudanças repentinas.
Questão climáticas por exemplo, possuem o rápido poder de mudar a rota de qualquer planejamento, seja ele interdisciplinar, dentro de uma equipe - com diversos especialistas - ou um projeto conduzido por apenas uma pessoa.
Incompreensível: temos um cardápio extenso de tecnologias disponíveis, programas digitais que se cruzam, informações e dados que precisam se complementar. Números demasiados e complexos, será que são mesmo todos confiáveis?
Podemos deixar tudo nas mãos da tecnologia? Pode ser que sim. Mas é inegável admitir que nem tudo que é digital e moderno é passível da nossa plena compressão.
Em determinados momentos, é normal nossa cabeça dar um nó e alguns fatos e elementos se tornarem incompreensíveis.
Vale lembrar que a tecnologia promove mudanças num ritmo frenético, isso pode complicar um pouco para nós meros mortais.
RH no mundo BANI
Agora o RH deverá se aventurar num universo mais dinâmico, por isso esses profissionais devem estar atentos constantemente as mudanças que podem surgir de maneira abrupta. Os novos skills dos RHs agora serão:
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Estar sempre atento as novas ondas digitais. A tecnologia é primordial para acompanhar esse novo RH dinâmico;
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Tomar decisões rápidas, estar sempre ciente que elas podem trazer tantos resultados positivos quanto negativos e que é necessário assumir as consequências disso;
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Apoio e dedicação aos cuidados com a saúde mental de todos. Com a pandemia percebemos o quanto é importante ter a saúde não apenas física, mas emocional também, sempre em dia;
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Realizar planejamentos a curto prazo, pois o cenário pode mudar a qualquer momento;
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Estar sempre atento a ações de employer brand e employee experience;
Realizar planejamento prévio de tudo para tentar se antecipar a acontecimentos.
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