O plano de saúde corporativo é um benefício de complexa gestão
O aumento da mensalidade do plano de saúde costuma ser uma das principais preocupações de qualquer gestor de RH nas empresas que dispõem desse benefício.
O que naturalmente traz o seguinte questionamento: como saber se o aumento de preço da mensalidade está correto?
A regulação de planos de saúde não estipula quais valores devem ser praticados pelas operadoras.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não define preços de planos de saúde, o que faz é estabelecer limites, sem definir percentual máximo de reajuste para os planos coletivos.
O motivo? Por entender que as pessoas jurídicas possuem maior poder de negociação junto às operadoras, o poder de barganha é maior.
Esse detalhe pode resultar na obtenção de percentuais vantajosos para a parte contratante, baseado na livre negociação entre as operadoras e as empresas.
Nesse sentido, cabem algumas explicações para esclarecimento dos gestores, pois essa questão preocupa aqueles que são segurados por planos de saúde empresariais, uma vez que terão de arcar com possíveis mudanças de mensalidade.
No caso do plano de saúde empresarial que tenha mais de 30 funcionários segurados, cabe à organização negociar com o convênio médico o valor do reajuste.
Para os planos de saúde coletivos há uma regra específica para o cálculo do reajuste anual, previstas na Resolução Normativa 309/2012 da ANS.
Desde maio de 2013, as operadoras devem agrupar todos os contratos 30 vidas que possuem e calcular um percentual único de aumento para eles.
A ideia é diluir os custos dos planos entre um número maior de usuários.
Por que o reajuste do plano de saúde empresarial funciona desse jeito?
Por que há mais de um consumidor por convênio médico.
Na verdade, são vários consumidores, várias mensalidades em um só convênio médico de todos os funcionários que compartilham aquele plano de saúde coletivo.
Na prática, isso significa que uma seguradora pode abrir mão de um reajuste alto num plano de saúde empresarial porque recebe muito dinheiro desse conveniado, então é interessante para ela abrir mão de cobranças grandes, se puder garantir que esses conveniados seguirão em seu plano de saúde por muito mais tempo.
Por que as empresas contam com uma ampla rede credenciada?
Uma prática comum para reduzir custos - quando os reajustes vêm muito altos - é migrar de uma operadora para outra. Dessa maneira é possível manter a qualidade da rede de atendimento, mas com custo reduzido.
Qual é a vantagem?
Permite acordos que estabeleçam as regras básicas para contratação do Plano de Saúde. O primeiro passo é consultar a ANS, que terá algumas orientações e informações básicas, como a regularidade do cadastro desta empresa que está fornecendo o plano de saúde, histórico de atividades e, principalmente, as reclamações. Este é o ponto de partida. Além disso, existem mais dois pontos centrais e que não podem ser negligenciados:
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Leia com atenção o contrato: é neste documento que constam todos os direitos e os deveres do serviço que será prestado. Tudo pode ser conversado e ajustado para que se tenha o maior número de benefícios e sinta maior segurança com o que está sendo contratado. Em caso de algum problema ou falta de assistência é ele que será consultado;
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Fique atento ao reajuste: alguns planos utilizam o padrão de reajuste anual, outros por faixa etária e/ou sinistralidade. Normalmente, os planos coletivos são os que apresentam os maiores índices de reajuste. Caso seja por faixa etária, fique atento aos grupos e já saiba antecipadamente quanto mudará de enquadramento para a empresa. É importante também pedir por escrito a tabela dos valores e suas porcentagens para não ser pego de surpresa.
É preciso ficar sempre atento e por dentro dessas mudanças para evitar surpresas que podem escalonar ao ponto da necessidade de abrir mão do benefício do plano de saúde para os colaboradores da sua empresa por questões de valores.
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