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Por que os gastos com plano de saúde não param de crescer?

Escrito por Propay | 11-07-2019 15:00

Conheça os fatores que aumentam as despesas com o plano de saúde corporativo e como o RH pode fazer a gestão desse benefício de maneira assertiva

Ao longo dos últimos quinze anos, despesas com a saúde não param de crescer, chegando a ser três vezes maior que o custo de vida médio no país: em 2017, por exemplo, os custos com a saúde subiram 11%, maior alta desde 2001, contra 6.29% da inflação medida pelo IPCA.

Plano de saúde é um benefício supervalorizado pelo trabalhador brasileiro, porém, apenas 25% dos brasileiros são atendidos pelas operadoras, sendo que 70% desse público representa a fração do plano de saúde corporativo, o que acaba tornando o sistema de saúde suplementar um pouco defasado.

Gestão de benefícios: um desafio de gestão para o RH

Esses dados são evidências fortes de como o oferecimento deste benefício, ao mesmo tempo que é de extremo valor para o colaborador, é um potencial gerador de grandes custos para a empresa.

Isso acontece por que a gestão de benefícios é uma atividade que possui muitas variáveis e todas elas precisam ser levadas em consideração.

Redução de custos e plano de saúde

Esse é um fator preocupante, dado que hoje a maioria das empresas está preocupada em reduzir custos e, mesmo estando empenhadas em investir no bem-estar dos colaboradores, um aumento repentino e não-planejado de gastos com saúde (que já é uma fonte considerável de custos por natureza) dos funcionários pode realmente colocar em risco a continuidade do seu oferecimento.

Diante disso, é fundamental perguntar: o que há por trás destes custos, de todo esse aumento que vem sendo observado?

Quais fatores levam a este cenário?

Para se precaver contra esse problema, o gestor de RH precisa, primeiramente, entender quais são os problemas que podem afetar de forma mais direta os valores envolvidos no plano de saúde corporativo para poder traçar planos para evitá-los ou controlá-los:

Doenças crônicas

No passado, as pessoas eram mais acometidas por doenças epidêmicas, de curta duração e tratamento mais barato.

Em contraste, atualmente se verifica um crescimento de problemas que incluem:

  • Problemas cardíacos;
  • Câncer;
  • Ansiedade;
  • Doenças associadas ao sedentarismo;
  • Vícios;

Essas complicações são responsáveis por 70% das mortes no país, o que faz com que representem uma parte enorme dos custos associados aos Planos de Saúde.

Por isso, é fundamental difundir e praticar todo tipo de medida preventiva contra esses tipos de problemas, pois eles exibem tendência de aumento, o que certamente trará ainda mais pressão nos gastos do seguro, além de trazer prejuízos à empresa por absenteísmo e licenças médicas, complicando ainda mais a gestão de benefícios.

Migrações para novas regiões

A migração de grande parte da população para o interior em busca de mais qualidade de vida e novas oportunidades trouxe uma mudança no panorama da saúde. Agora, com mais pessoas e aumento de doenças, como as mencionadas no item anterior, em áreas onde antes eram mais raras fez subir os valores dos cuidados médicos, aumentando a média geral de gastos por parte das empresas, sobretudo na região Sudeste.

Isso tem se mostrado problemático para empresas que atuam com abrangência estadual e nacional, pois sentiram com mais intensidade este aumento.

Envelhecimento da população

Os avanços medicinais e a melhoria geral na qualidade de vida aumentaram a longevidade da população, o que ocasionou o aumento da população idosa, que consome mais serviços médicos.

Como boa parte dela ainda é bastante ativa e trabalhadora, esse aumento trouxe impacto direto nos valores de Planos de Saúde corporativo para as empresas.

Custos associados à tecnologiaNovos equipamentos, práticas e técnicas levaram a um maior sucesso operacional, mas também a um maior valor agregado ao serviço e a mais custos para procedimentos como cirurgias e exames avançados.

Além disso, o fator tecnológico está diretamente ligado ao aumento da longevidade, contribuindo para o impacto do item anterior.

No futuro, com o aumento do investimento tecnológico, a tendência é que esses custos aumentem, por isso a necessidade de promover uma gestão de benefícios estratégica.

Interesses antagônicos no mercado

Quando o colaborador procura apoio médico, ele tem interesse em uma rápida recuperação do que quer que esteja prejudicando sua saúde, mas isso frequentemente vai de encontro ao que é oferecido por hospitais, clínicas e laboratórios.

Como o ganho financeiro destas empresas está diretamente ligado aos procedimentos realizados, é frequente a requisição de exames e tratamentos – muitos deles invasivos – sem real necessidade simplesmente para aumento de ganhos.

Falta de educação para saúde 

Todos querem viver bastante e com saúde, mas isso deve ser resultado de hábitos saudáveis de vida, muito mais do que visitas ao médico e medicamentos. A falta de uma boa educação em relação à sua própria genética, seu histórico e suas características, aliada a ausência um comportamento preventivo e focado em bons hábitos, pode ser determinante para gerar mais visitas desnecessárias e custosas ao médico.

Conflito de ética médica

Infelizmente, o serviço médico tem tido um caráter cada vez mais mercantil, o qual, aliados aos dois itens anteriores, leva o paciente a aceitar e se submeter a tratamentos longos, caros, desnecessários e muitas vezes arriscados.

Uma área de RH que cuida da gestão de benefícios com um olhar estratégico, se dispõe a entender esses fatores e como eles acabam interferindo a população de sua empresa. Ter uma consultoria focada neste assunto também ajuda na diminuição de despesas extras, maior acerto em processos e na propagação de qualidade de vida.

Consultorias são uma excelente ponte entre a empresa e as operadoras de plano de saúde.

A Propay conta com especialistas que podem ajudar sempre! Ficou alguma dúvida? Entre em contato conosco agora mesmo!