Um dos problemas na gestão do plano de saúde corporativo é o controle do reajuste. A taxa de sinistralidade é o resultado de cada acionamento do segurado ao plano de saúde, para realizar uma consulta, fazer um exame ou qualquer outro procedimento é caracterizado um sinistro.
Cada sinistro representa um custo, que pode ou não ser elevado.
Tudo que é utilizado é calculado e depois representado por um percentual, que é o que impactará os custos com o plano de saúde.
Logo a sinistralidade é o resultado imediato da utilização dos planos de saúde, através de cirurgias, consultas ou exames.
Na prática, a realização desenfreada de procedimentos eleva os custos da operadora e, consequentemente, compromete a gestão financeira da organização.
Assim, os custos de manutenção do convênio médico acabam por se tornar mais impactantes tanto para operadora como para os próprios beneficiários.
Se tratando de taxa de sinistralidade, as grávidas acabam impactando bastante esses custos.
Quando há um número grande de colaboradoras gestantes, é hora das empresas começarem a ter ações específicas para instruir essa população quanto a utilização correta do plano de saúde.
Uma gravidez acompanhada de perto evita transtornos tanto para a mamãe quanto para a empresa.
Por isso as organizações estão criando programas que visam acompanhar as colaboradoras durante a gestação e nos primeiros meses pós-parto.
Essa iniciativa facultativa e gratuita geralmente visa orientar sobre os benefícios de:
Praticar atividades físicas indicadas para cada fase da gravidez;
Dietas adequadas que suprem as necessidades nutricionais;
Esclarecimentos de dúvidas sobre o parto e pós-parto;
Esclarecimento de dúvidas amamentação;
Importância do pré-natal;
Mudanças no corpo e no humor da mulher;
Orientações sobre algumas intercorrências como a depressão pós-parto;
Outros assuntos pertinentes;
Depois que os bebês nascem, muitas empresas passam para a segunda parte do projeto que é investir em:
Salas de amamentação;
Flexibilidade de horário de trabalho;
Acompanhamento psicológico (pós-parto);
Dores que os bebês podem sentir no início de suas vidas (como cólicas);
Com um acompanhamento completo, a gestante tende a ter maior qualidade de vida o que incide na diminuição de acionamento do plano de saúde.
As consultas de rotina, que são extremamente importantes, acabam sendo suficientes para alicerçar uma gravidez saudável.
Uma pesquisa realizada pela da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que metade das mães que trabalham são demitidas até dois anos depois que acaba a licença maternidade, devido à mentalidade de que cuidar dos filhos será uma tarefa única e exclusiva delas, o que prejudica a carreira da mulher.
O cenário atual ainda comprova que mulheres, principalmente as que tem filhos sofrem descriminação.
Mas os RHs, principalmente aqueles que levantam a bandeira da diversidade e da inclusão, trabalha arduamente para que todos sejam inseridos no ambiente de trabalho pelas suas habilidades técnicas e emocionais, dados sensíveis não devem ser considerados.
Além de programas com foco em gestantes, as empresas precisam se atentar a legislação e aos direitos que as grávidas têm garantidos por lei como seu emprego garantido desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto e o direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
Com um olhar mais sensível aliado ao estratégico, as empresas conseguem criar um ambiente propício para as profissionais grávidas e ainda conter os custos com a taxa de sinistralidade dentro do previsto em seu planejamento.