Humanização das relações, desenvolvimento, entrega de resultados e atração e retenção de talentos não são todas as preocupações que uma área de RH precisa ter hoje em dia.
Antes de partir para atividades mais complexas, é preciso entender a real função do RH, não apenas para o mercado, mas inicialmente para a empresa. Conhecer a maneira que a companhia enxerga esse departamento e suas expectativas auxiliará na entrega de resultados.
Mas até atingir um nível elevado e satisfatório, há diversas etapas que precisam ser vencidas.
Muitos RHs não conseguem atuar da maneira esperada porque não possuem respaldo da diretoria, não estão familiarizados com fatores internos ou ainda não sabem qual o número apropriado de pessoas para atender demandas da organização.
De acordo com a pesquisa HR Trends - realizada pela propay - com profissionais que ocupam cargos estratégicos no RH, 87% das empresas com até 300 funcionários possuem de 1 a 6 profissionais de RH.
82% das companhias com mais de 10 mil colaboradores, possuem mais de 30 profissionais de RH. 46,5% dos respondentes afirmam que seu departamento de RH possui 1 ou 2 gestores, com possibilidade de ocupar os seguintes cargos:
Isto é, o mercado atua com um gestor a cada cinco analistas ou especialistas para desempenhar as atividades da área.
O que significa? Que o número proporcional entre o RH e os colaboradores é uma medida controversa. Em pleno século XXI, não há uma receita do bolo pronta com os ingredientes ideais para estruturar um departamento de Recursos Humanos.
Um alto número de profissionais de RH geralmente não é ruim quando de fato, a empresa desempenha um papel estratégico nos negócios.
Poucos profissionais atuando também não é ruim se a organização terceiriza boa parte das atividades. É uma questão passível de análises.
Hoje em dia com tantas opções de outsourcing, é compreensível que os RHs estejam com um formato mais enxuto.
Ainda segundo o estudo HR Trends, 38% das atividades estratégicas do RH já são realizadas com o apoio da tecnologia, porém uma grande porcentagem (cerca de 55,5% dos entrevistados), ainda encara a automatização de processos com um dos maiores desafios para o RH nos próximos anos.
Então como saber se minha equipe de RH está suprindo as necessidades da empresa?
Como dizia o físico irlandês William Thomson, “aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”. São os indicadores próprios que irão auxiliar na decisão do tamanho adequado de pessoas e demanda de processos.
O ideal é que depois de tudo isso, os resultados sejam comparados com o que está sendo utilizado pelo mercado para que alguns métodos sejam aprimorados, porém, antes disso, não se deve ignorar a necessidade de estruturação interna aliada aos objetivos da empresa.
Indicadores de RH são fundamentais para comprovar se e os investimentos na área de gestão de pessoas está tendo um resultado significativo.
Isso mostra se a otimização dos processos utilizados, redução de despesas e se a equipe no geral está tendo um desempenho satisfatório.
Neste aspecto, alguns índices de desempenho são fundamentais porque apresentam quais as práticas estão de fato funcionando e quais as falhas do planejamento que precisam ser redesenhadas.
Seguindo os passos mais básicos, o RH conseguirá se tornar estratégico, pronto para apoiar as áreas de negócios, com alta capacidade de acompanhar o mercado cada vez mais competitivo.
Assim, o departamento consegue definir os indicadores mais adequados para suportar as estratégias da empresa e ter um número adequado de pessoas atuando, sem que isso comprometa o custo, a performance e qualidade de entrega das atividades.