Pesquisas e especialistas apontam os caminhos que deverão ser seguidos pelos gestores de Recursos Humanos neste ano que se inicia
O mercado de trabalho está em constante evolução e deve continuar a se transformar em 2025. Para o próximo ano, as tendências incluem desde os avanços na inteligência artificial (IA) generativa, desenvolvimento de habilidades e bem-estar dos funcionários até as leis e regulamentações sobre IA e transparência salarial. Visando o desenvolvimento da gestão do RH, listamos os principais insights para as tendências do RH.
O argumento para priorizar os funcionários é forte, com uma experiência positiva contribuindo para o engajamento e a produtividade. Os empregadores devem buscar oportunidades de personalização, adaptando tarefas às habilidades e pontos fortes únicos de cada funcionário, além de individualizar também a comunicação e o reconhecimento. Adicionalmente, recomenda-se que as empresas priorizem as formas de ajudar os funcionários a gerenciar suas cargas de trabalho e estabelecer expectativas realistas para combater o estresse e o burnout.
Em um mercado de trabalho complexo, as habilidades têm ganhado prioridade entre os empregadores. Com isso, formação e experiência no setor cedem lugar para os skills individuais no topo da lista de desejos dos recrutadores para contratação e desenvolvimento de talentos. Ao preencher lacunas na empresa, os líderes devem considerar aprimorar as habilidades dos funcionários, com treinamento para aquisição de novas capacidades ou para assumir novos papéis e responsabilidades.
À medida que a IA se torna mais integrada aos negócios, as leis sobre o uso de dados continuarão a evoluir. Dependendo dos processos e tecnologias de uma organização, a IA pode fazer parte das decisões de contratação, o que exige atenção e conformidade com novas regulamentações. Os empregadores devem monitorar o ambiente legislativo, cumprir as leis sobre desenvolvimento de sistemas de IA e usá-la de maneira eficaz e responsável.
Globalmente, a equidade e a transparência salarial são áreas de foco para os empregadores, com algumas localidades, como o Brasil, exigindo que as organizações analisem e relatem disparidades e forneçam mais informações sobre salários a candidatos e funcionários. Os empregadores devem monitorar a legislação e avaliar seus dados salariais para corrigir qualquer diferença.
À medida que as ferramentas de IA generativa aumentam a produtividade e introduzem novas formas de realizar o trabalho, as organizações exploram como melhor usar a tecnologia. O foco deve estar em eliminar pontos de fricção e distrações para que os funcionários possam se concentrar nas operações que dão resultado. Os treinamentos devem ser menos completos e é importante que as empresas tenham em vista os objetivos que desejam alcançar, identificando maneiras de a IA generativa apoiar essas metas.
Embora upskiling e reskiling não sejam novos conceitos, as empresas estão investindo em treinamentos para seus colaboradores terem um melhor aproveitamento no uso da IA generativa. Os empregadores procurarão aproveitar suas equipes e novas ferramentas de RH para entender melhor como o trabalho é de fato realizado e quais são as habilidades necessárias para apoiar sua execução. Além do desenvolvimento de habilidades técnicas, devem considerar oferecer aos trabalhadores oportunidades de experimentar a IA generativa de maneira segura e em ambiente controlado para incentivar a inovação.
Com a importância da valorização do colaborador cada vez mais em alta, as empresas vão precisar oferecer suportes práticos e modernos aos funcionários para que tirem dúvidas, acessem documentos, entre outros. Assim, contar com assistentes virtuais é um caminho para garantir que demandas sejam atendidas rapidamente e que profissionais de RH possam se focar em tarefas mais estratégicas. “Bots inteligentes com um banco de dados amplo, são uma tendência que dinamiza ações que necessitam de atenção. Um colaborador deixa de esperar muito tempo por uma resposta simples ou tem a necessidade resolvida logo, graças ao direcionamento correto da assistente virtual, por exemplo”, explica Paulo Paliarini, diretor de Tecnologia e Produtos da Propay.
De acordo com Paliarini, uma gestão consistente, que supera os parâmetros médios, é algo cada vez mais admirado pelo mercado, assim como a possibilidade de crescimento dos funcionários que inclusive, quando enxergam um futuro de desenvolvimento, tendem a se engajar mais e obter melhores resultados para as companhias. Assim, também costumam ficar um maior tempo na mesma empresa. “A criação de sólidos planos sucessórios e de carreira é uma tendência no setor de RH, já que com um mercado de alta concorrência, é importante contribuir para a permanência de talentos. Assim, com ajuda da tecnologia, líderes e profissionais de recursos humanos podem analisar de forma mais assertiva o desempenho de colaboradores, nível de felicidade, desejos, entre outros, o que facilita a criação de planos assertivos”, diz.
Garantir que colaboradores tenham uma experiência positiva desde o momento do processo seletivo até a saída da empresa é uma tendência que seguirá se destacando e que envolve aspectos como comunicação transparente, amplo olhar para a diversidade e inclusão, oferecimento de benefícios que vão além do básico e que incentivam o bem-estar, escuta ativa de opiniões diversas, desenvolvimento profissional, recebimento de feedback, entre outros. “Cuidar do colaborador é cuidar do próprio negócio. É por isso que funcionários precisam ter experiências valorosas durante a jornada de trabalho. É esperado que cada vez mais as empresas usem tecnologias como a IA para aprimorar a rotina das pessoas. Com ferramentas modernas é possível analisar o desempenho e o nível de satisfação dos colaboradores, promover ferramentas anônimas para denúncias e sugestões, ter em mãos os melhores benefícios atuais do mercado que podem ser oferecidos aos funcionários, conceder treinamento remotos, ter processos diários mais rápidos, entre outras possibilidades”, afirma Paliarini.
Para o diretor de Tecnologia e Produtos da Propay, qualquer área de todo negócio precisa antes de tomar qualquer decisão, analisar números. No segmento de recursos humanos não é diferente, portanto, é essencial coletar e estudar variados dados para tomadas de decisões efetivas. “A IA continuará ganhando força, não somente para atividades como recrutamento e seleção ou automatização de tarefas do dia a dia, mas para a análise de diferentes pontas que impactam no desenvolvimento dos negócios. Com dados de desempenho das áreas e engajamento de colaboradores é possível escolher os caminhos mais assertivos para atingir os objetivos estratégicos do negócio”, informa.
Constantemente surgem inovações que, com o tempo, passam a ser essenciais no dia a dia da área de RH. Porém, estas necessitam de conhecimento mais técnico e estruturas adequadas e é por isso que, em 2025, companhias continuarão a firmar parcerias com marcas estratégicas que oferecem serviços e produtos para o segmento de gestão de pessoas. “Tem se tornado difícil acompanhar o rápido movimento tecnológico que vemos atualmente. Portanto, o caminho é se conectar com marcas que, com tecnologias e serviços, cuidam de determinados processos como a folha de pagamentos de funcionários, realizam consultoria dos melhores seguros e benefícios etc. A ideia é que especialistas de recursos humanos se livrem de atividades morosas e burocráticas e tenham mais tempo para realizar tarefas estratégicas”, conclui Paliarini.
Outra pesquisa encomendada pela VR plataforma de serviços para trabalhadores e empregadores, listou sete insights para ajudar empresas a se prepararem para o ano que se aproxima.
A IA está se consolidando como uma ferramenta essencial para tornar o RH mais estratégico. Além de agilizar processos como triagem de currículos e análise de dados, ela possibilita a personalização de treinamentos e planos de desenvolvimento, atendendo às necessidades específicas de cada colaborador. Ao liberar os profissionais de tarefas operacionais, a IA permite que o RH foque em ações que realmente impactam o engajamento e o desempenho dos times.
Com o uso de People Analytics, o RH pode prever desafios como absenteísmo e turnover antes que se tornem problemas críticos. Mais do que mapear tendências, essa ferramenta permite mensurar o impacto de treinamentos, iniciativas de engajamento e políticas internas, oferecendo informações valiosas para aprimorar estratégias. Assim, o RH deixa de ser reativo e assume um papel central na tomada de decisões com base em dados confiáveis.
Colaboradores engajados e felizes são mais produtivos e leais às organizações. Em 2025, o desafio será estruturar uma experiência do colaborador que vá além de benefícios tradicionais, investindo em comunicação transparente, programas de reconhecimento e políticas de flexibilidade. Além disso, promover diversidade, inclusão e um ambiente de trabalho acolhedor serão práticas indispensáveis para fortalecer a cultura organizacional.
O modelo híbrido se consolidou e continua exigindo adaptação por parte das empresas. Em 2025, os desafios serão alinhar as expectativas de empregadores e colaboradores, investir em ferramentas que garantam produtividade e redesenhar os espaços físicos para promover maior integração e colaboração. A transparência nas regras e o monitoramento constante dos resultados serão fundamentais para que o modelo flexível continue a ser eficiente e sustentável.
Empresas que promovem diversidade e inclusão não apenas contribuem para um ambiente mais justo, como também se beneficiam de maior criatividade e inovação. Em 2025, será cada vez mais relevante estruturar processos seletivos sem viés, investir em treinamentos de conscientização e adotar métricas para avaliar o impacto das ações. A promoção de um ambiente verdadeiramente inclusivo será um diferencial competitivo para atrair e reter talentos de diferentes perfis.
A preocupação com a saúde mental deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade. Iniciativas como programas de apoio psicológico, atividades voltadas ao bem-estar e a promoção do equilíbrio entre vida pessoal e profissional serão fundamentais. Em um cenário onde o estresse e a ansiedade ainda são desafios, empresas que cuidam da saúde integral de seus colaboradores garantem não apenas maior produtividade, mas também uma equipe mais engajada e resiliente.
A liderança autoritária dá lugar a um modelo mais humanizado, onde a empatia, o diálogo e o incentivo ao crescimento profissional são pilares. Em 2025, a formação de líderes será uma prioridade estratégica, com foco em treinamentos, mentorias e cultura de feedback. Líderes humanizados não apenas inspiram suas equipes, mas também criam ambientes que promovem a inovação, o pertencimento e o desenvolvimento contínuo.
As tendências de 2025 reforçam o papel estratégico do RH como uma área que alia inovação tecnológica e cuidado humano. Empresas que abraçarem essas transformações estarão mais preparadas para atrair talentos, melhorar a experiência dos colaboradores e alcançar resultados excepcionais.
A combinação de automação tecnológica e foco na experiência humana é a principal aposta das empresas para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Tecnologias como inteligência artificial, machine learning e big data estão sendo amplamente adotadas para simplificar processos, enquanto estratégias voltadas à personalização e ao bem-estar dos colaboradores ganham força como diferencial competitivo.
Segundo dados do Gartner Hype Cycle for HR Technology, em 2025, espera-se que 60% das organizações corporativas adotem uma estrutura de IA responsável no setor de RH. Esse movimento reflete a busca por equilíbrio entre eficiência e empatia. Ferramentas avançadas permitem que tarefas repetitivas, como triagem de currículos e gestão de folhas de pagamento, sejam realizadas de forma mais rápida e precisa, enquanto, do outro lado, as empresas estão cada vez mais comprometidas em proporcionar um ambiente de trabalho que valorize a saúde mental, o desenvolvimento profissional e a diversidade.
A inteligência artificial já é uma aliada indispensável para os profissionais de RH no Brasil. De acordo com a pesquisa Transformação Digital do RH, realizada pela Think Work Lab, três em cada dez profissionais do setor já utilizam a tecnologia no dia a dia. Essa adoção tem impulsionado ganhos significativos de tempo, qualidade e insights estratégicos para a área.
A combinação de automação tecnológica e foco na experiência humana é a principal aposta das empresas para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Tecnologias como inteligência artificial, machine learning e big data estão sendo amplamente adotadas para simplificar processos, enquanto estratégias voltadas à personalização e ao bem-estar dos colaboradores ganham força como diferencial competitivo.
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